quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Livro: Filoterapia - Conhece-te e Ti Mesmo de Odair J. Comin

1º livro a ser publicado, de uma série de três.



A Filosofia prática e simples para que cada um possa desenvolver a capacidade de conhecer a si mesmo.





Apresentação: Marco Polo Henriques

A obra apresenta o conceito e a prática da Filoterapia, uma ferramenta que combina elementos da Filosofia (conteúdo construído ao longo dos séculos pelos grandes pensadores da humanidade, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Spinoza, Kant, Goleman etc.), e da Psicologia (área do conhecimento voltada para a compreensão dos processos mentais do indivíduo), visando possibilitar ao leitor a compreensão de sua vida atual e aprimorar a sua autopercepção. Este é o primeiro volume de uma trilogia que inclui “Conhece-te a Ti Mesmo” (sobre as paixões humanas – V.1); “”O Senhor de Si Mesmo” (sobre virtudes – V.2); e “A Arte do Bem Viver” (sobre o viver – V.3).


Na introdução o autor explica com mais detalhes o significado do novo termo cunhado pelo autor (Filoterapia), já explicitado acima.


O capítulo 1 trata do autoconhecimento e leva o leitor a uma auto-reflexão sobre pensamentos, sentimentos, palavras e ações, visando aprimorar a capacidade de percepção e possibilitar a mudança. O autor parte do princípio de que tudo pode ser aprendido (a não ser aspectos inatos), portanto tudo pode ser mudado, basta “reeducar-se”.


O tema do 2º capítulo é o “mundo dos sentidos” ou o mundo externo, no qual Comin faz uma explanação sobre a atuação dos cinco sentidos, explicando que é preciso aprender a distinguir entre o que é efetivamente percebido e o que é apenas imaginação.


O capítulo 3, por sua vez, lança o olhar para o mundo interior, que o autor chamada de “mundo das idéias”, o universo particular criado por cada ser humano, mas que na verdade é determinado pelo “mundo dos sentidos” (mundo externo). Segundo o autor, embora seja possível identificar uma essência comum a seres e objetos à nossa volta que não pode ser alterada, pois faz parte de sua “natureza”, o mundo interior é formado basicamente de “idéias inessenciais”, que são peculiares ao olhar de cada um e variam de pessoa para pessoa. É nesse campo que a Filoterapia pretende atuar, valendo-se de conteúdos filosóficos para que uma idéia/pensamento/crença que traga sofrimento possa ser identificada, neutralizada e até transformada em uma fonte de prazer.


No capítulo 4, Comin discute justamente esse duelo entre dor e prazer que é travado a todo momento no mundo interior de cada pessoa e constata que, infelizmente, costumamos dar mais atenção à dor do que ao prazer, provavelmente porque, ao criarmos desesperadamente tantas barreiras para evitar ou camuflar o sofrimento, acabamos por fortalecê-lo. A saída não está em escamotear a dor ou fugir dela, posto que é inevitável, mas em aprender a controlá-la.


Comin, no capítulo 5, reforça a existência de uma relação de interdependência entre mente e corpo, a ponto de não ser possível salvar um sem a salvação do outro. Essa “cura” implica uma revolução interna que o autor chama de “a conquista de si mesmo”, a qual exige um exercício contínuo de autoconhecimento.
O autor aborda ainda alguns conceitos de Neurociência, explicando o papel preponderante das memórias adquiridas na determinação de nossos comportamentos, dos mais simples aos vícios mais prejudiciais, e compara a mente humana a um super-herói capaz dos maiores feitos, mas que também pode se transformar em um supervilão, pois tanto o bem quanto o mal co-habitam o ser.


O equilíbrio entre razão e emoção (tema trabalhado pelo autor no capítulo 6 até o 21), é o que permite o controle sobre nossas paixões – tipos de afeto que sentimos, os quais se manifestam em nós na medida em que entramos em contato com o mundo externo e vamos construindo o nosso mundo interno. Essas paixões exercem uma influência preponderante sobre o corpo e a vida, determinando nosso comportamento. Daí a importância crucial de aprendermos a lidar com elas de uma forma inteligente, o que somente é possível na medida em que passemos a conhecer as suas causas. Para tanto, o autor selecionou ao todo 16 paixões, provavelmente as mais recorrentes (admiração, alegria, tristeza, desejo, vaidade, medo, cólera, ira, ódio, mágoa, inveja e emulação, ciúme, angústia, ansiedade, amor), explicando em detalhes os seus mecanismos, com o objetivo de ampliar a percepção do leitor e também as suas possibilidades internas de superação e autotransformação, o que resulta no surgimento de novas formas de pensar, falar e agir.


O autor finaliza com um capítulo sobre a "força invisível inteligente", mostrando que temos de nos esforçar para agir sempre com amor e afetividade, sobretudo em relação a nós mesmos, eis o segredo para que aquilo que o autor denomina de “força invisível inteligente” trabalhe a nosso favor.


Marco Polo Henriques
Jornalista e Editor de livros